Num mundo onde temos a capacidade produtiva de fazer (quase) tudo, achamos importante explicar o porquê e a motivação das coisas.
Muitas pessoas no Brasil têm dificuldade em entender informação em saúde. Só nos Estados Unidos, 36% da população tem essa dificuldade num grau importante e gera um custo de pelo menos 50 bilhões de dólares por ano pelas complicações e internamentos gerados.
A habilidade de entender saúde está dentro do conceito de Health Literacy (HL), que pode ser traduzido como:
■ Alfabetização em saúde
■ Letramento em saúde
■ Literacia em saúde (português de Portugal).
Estudos chamam HL de o sexto sinal vital da saúde e a OMS, em2016, elegeu o assunto como principal fator chave na promoção de saúde. Além da grande importância, é um tema recente. Em 1974 foi primeira vez que o termo foi citado e o primeiro livro veio em 1985: “Teaching Patients With Low Literacy Skills” (Ensinando pacientes com baixas habilidades em literacia).
No Brasil, o primeiro estudo foi publicado em 1998 e existiampouco mais de 40 artigos publicados até março de 2017.
Num contexto onde crescem as doenças crônicas e as fontes de informação em saúde, olhar para como as pessoas interagem com as informações saúde é fundamental. Ainda mais quando 300 estudos mostraram que materiais de saúde não foram compreendidos por pacientes da forma como foram planejados. De modo geral, a habilidade de compreensão das informações em saúde é maior que a habilidade de entendimento em saúde das pessoas.
Junto a isso, estudos mostram que profissionais de saúde superestimam o que pacientes entendem de fato.
Sem HL, a promessa de avanços científicos melhoraremresultados em saúde fica frágil e distante.
O que seus pacientes, ou as pessoas com quem você interage num contexto de saúde, entendem do que você orienta?
Trecho do e-book “O Sexto Sinal Vital da Saúde”, publicado pela Pulsares Baixe na íntegra: http://pulsares.rds.land/livrosextosinal
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No último dia 19 de agosto, quarta-feira, a ABSS realizou o webinar Health Literacy, que contou com a presença do Rogério Malveira, médico e Fundador da Pulsares, que falou sobre sua carreira na área de saúde e como iniciou sua jornada no letramento e na missão de colocar o tema na agenda de profissionais e empreendedores da saúde.
Durante o debate, que contou com a ativa participação do público, discutimos a literacia como diferencial competitivo e como sues princípios podem ser determinantes para a concepção de soluções que efetivamente pensem o paciente no centro do cuidado, empoderando-o como agentes de transformação para o cuidado permanente. Falamos da relação UX e letramento e como o segredo está em promover acesso, compreensão e ação.
Como lição de casa e compromisso assumido durante a transmissão, compartilhamos aqui, link da revista científica The Lancet, publicado em abril desse ano, que correlaciona o tema dessa live com a pandemia de Covid-19.
Esperamos encontrá-lo nas próximas edições! Por isso, inscreva-se em nossos canais e não perca a oportunidade de participar ativamente da Associação.
Até o próximo!
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