Publicado originalmente em Estadão em 30/09/2020 por Marina Dayrell
Entre alimentos, medicamentos, cosméticos, roupas, materiais de construção e biocombustíveis, existem cerca de 25 mil itens que podem ser produzidos a partir da planta Cannabis nos Países em que o mercado é regulamentado. No Brasil, onde a legislação permite desde dezembro de 2019 apenas a importação e a produção para fins medicinais (e onde o cultivo é proibido, salvo casos decididos por liminar), as pequenas empresas que fazem parte do chamado cannabusiness caminham pelas bordas, promovendo serviços auxiliares.
O setor pode ser lucrativo para empreendedores. Só em 2018, o mercado global de cannabis movimentou US$ 18 bilhões, segundo a consultoria norte-americana New Frontier Data, especialista no tema. A estimativa é que, atualmente, o valor total de mercado da planta na América Latina (incluindo mercados legais, regulamentados e ilícitos) seja de US$ 9,8 bilhões.
Nos próximos três anos, o Brasil pode movimentar R$ 4,6 bilhões, mas, para isso, é preciso ir além das barreiras atuais da desinformação, do estigma e do preconceito.
Tanto o THC quanto o CBD possuem uso medicinal, mas foi o CBD que se popularizou nesse mercado nos últimos anos por ser uma substância muito segura. É ele que dá origem a uma variedade imensa de produtos.
Também atuando pelas bordas e com foco no incentivo às empresas, desde 2017, a The Green Hub opera com inteligência de dados, consultoria e aceleração no mercado da cannabis. Formada por cinco amigos, a empresa começou no fomento à parte medicinal, mas hoje já foca no que chamam de visão global da cannabis.
“Fomos crescendo e percebemos a visão da cannabis como commodity, como agronegócio. Se a gente não começar a tirar o estigma e liberar o plantio de cânhamo, não vamos surfar essa onda que o mundo já está surfando e explorar esse potencial de bilhões de reais”, defende Grecco.
Em parceria com a farmacêutica alemã Merck, a The Green Hub abriu até o dia 13 de novembro as inscrições para a sua segunda chamada de aceleração de startups. Podem se inscrever projetos de todas as áreas, com exceção do uso de efeitos psicotrópicos da cannabis. As selecionadas terão apoio científico para desenvolver produtos e assistência na captação de investimentos.
Para saber mais sobre o programa de incubação e aceleração de negócios de Cannabis da The Green Hub, acesse https://www.thegreenhub.com.br/ e confira nossa live de lançamento do programa no Youtube da ABSS no endereço youtube.com/abssaude.
Para ler a matéria completa no Estadão, acesse https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,cannabis-medicinal-abre-oportunidades-para-pequenos-negocios,1123947
Comments